segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Vídeos

Ainda para ilustrar o festival de Woodstock, fiz uma pequena compilação de vídeos de alguns trechos de apresentações:

Jimi Hendrix - Izabella

Quando se fala em Woodstock, e imagem de Jimi Hendrix me vem quase automaticamente à cabeça. A banda de apoio que o tornou célebre, The Jimi Hendrix Experience, havia se desintegrado poucos meses antes da apresentação em Woodstock, e Jimi teve que corrigir quem o apresentou com o nome antigo e anunciar sua nova banda: Gypsy Sun And Rainbows. Essa música, Izabella, já era uma amostra do tipo de som mais funkeado que ele viria a produzir daí para frente.

Apesar do sucesso geral, Woodstock enfrentou alguns sérios problemas que causaram muitos atrasos; o tempo oscilava mas estava ruim, e houve muita dificuldade logística mesmo. O atraso de Jimi Hendrix foi fenomenal: só começou a tocar na manhã da Segunda Feira (o festival começara na Sexta à tarde). A essa altura, o público, que havia chegado a quase meio milhão, era no máximo de 180,000* pessoas - e boa parte dessas tinha ficado apenas no intuito de ver Hendrix antes de ir embora.

Jefferson Airplane - White Rabbit

A Jefferson Airplane foi uma das bandas pioneiras do que viria a ser chamado de Rock Psicodélico. Não são muito conhecidos atualmente, mas na época eram bem famosos. Performance sensasional de White Rabbit.



Janis Joplin - Ball and Chain

Disse o Wikipedia que Woodstock não foi uma experiência muito agradável para a superstar Janis Joplin. Depois de esperar cerca de dez horas para tocar, ela tinha injetado heroína e bebido demais; quando finalmente subiu no palco, estava "mais pra lá do que pra cá" (lembrei do outro post sobre Santana). Enfim, de qualquer jeito, o desempenho dela não demonstrou se abalar muito, ao menos nessa versão de Ball and Chain ela está impecável. Pena que no Youtube não há muitos vídeos dela em Woodstock.



The Who - Pinball Wizard

O The Who, que fazia tremendo sucesso na época, começou a tocar às 4 da manhã e disparou um repertório de 25 canções. A grande maioria dessas canções fazia parte do lendário album conceitual Tommy, primeiro a receber o rótulo de "ópera-rock". Muito bom.


Joe Cocker - With A Little Help From My Friends (Beatles Cover)

Sempre citada entre as melhores performances de Woodstock, essa versão de Joe Cocker da canção With A Little Help From My Friends, dos Beatles, é realmente extraordinária. Pena que o próprio Joe Cocker não estava lá para apreciar.

*Há controvérsias sobre esse número. Na página do Wikipedia em inglês, aparece 180,000; porém na página em português aparece 35,000. Acho 35,000 pouco demais (as imagens do show de Jimi Hendrix mostram um mar de gente gigantesco), porém mais crível do que 180,000, que também me parece demais para uma segunda de manhã depois de três dias de festival. Enfim... deve ser algo aí pelo meio, mas escrevi os 180,000 lá em cima porque o artigo em inglês é mais completo, portanto, teoricamente ao menos, mais confiável.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Festival de Woodstock (1969)


Cartaz promocional do festival, divulgado à época (para quem, como eu, não tinha entendido o que é "isso" em cima do braço da guitarra,saiba que não é uma cabeça de gato caolho torta e exótica, mas um pássaro). O grande slogan era: 3 Dias de paz e música.

Continuando o posto anterior, vou falar um pouco sobre o festival de Woodstock. Há uma imensa aura mítica em torno do festival de Woodstock de 1969 que o transformou numa lenda. É, dentre todos os festivais de música que houve talvez em toda a história, o mais lembrado; o mais revisto; o mais comentado; o mais citado; o mais analisado; o mais importante; o mais influente... Enfim, Woodstock é "o mais" muitas e muitas vezes. Mas porque?
O "Festival de Música e Artes de Woodstock" aconteceu num imenso terreno em Bethel, sul do vilarejo de Woodstock, no estado de Nova York. Durante três dias, de 15 a 18 de Agosto de 1969, centenas de milhares de jovens se reuniram para clamar por "paz e amor" e assistir a alguns dos mais célebres grupos e artistas musicais da época. O festival foi totalmente dominado pelas idéias do movimento Hippie; foi, na verdade, o auge do movivento Hippie. Woodstock só se tornou realidade devido ao empenho de quatro jovens: Michael Lang, John Roberts, Joel Rosenman, e Artie Kornfeld. Foram eles que idealizaram, organizaram e, com muito esforço e dificuldades, fizeram o festival acontecer. Haviam vendido cerca de 180.000 ingressos antecipadamente, portanto esperavam a presença de cerca de 200.000 pessoas; porém, a demanda acabou sendo muito maior do que eles esperavam. Depois, as cercas que delimitavam o local acabaram sendo propositalmente retiradas para a entrada das cerca de 500.000 pessoas que acabaram comparecerendo. Sim, a maioria sequer pagou ingresso, o que só serviu para aumentar ainda mais a idéia de "liberdade" do evento, onde drogas, sexo e mentes eram totalmente livres.


Público de quase meio milhão de pessoas compareceu a Woodstock.

Havia um senso de harmonia entre toda aquela gente ali, junta. As idéias de celebração, de diversão, de liberdade eram acopladas ao clamor por paz, por fim das guerras e do racismo. Os EUA, na época, eram envolvidos em conflitos militares no exterior; e, no interior, enfrentavam sérias desavenças raciais, portanto o festival de Woodstock foi, também, um movimento social. Impressionante como, num evento onde tantas pessoas se reuniram sem nenhuma ordem aparente, sem aparato de segurança suficente para tanta gente, houve pouquíssimos incidentes graves ou violência. Imaginem quantas possibilidades de desastres havia num quadro como esse, porém há registro de duas mortes - uma por overdose de heroína e outra por um saco de dormir ocupado que foi acidentalmente pisoteado. Apesar desses tristes episódios, a verdade é que a paz, de fato, reinou. Esse clamor por paz não foi apenas falação, não foi apenas propaganda, não foi da boca para fora; a paz aconteceu ali. Tantas pessoas, ali reunidas, não estavam apenas de brincadeira, elas queriam levantar sua bandeira, e que ela fosse vista.

Tudo isso sem ao menos falar da qualidade musical das apresentações que banharam Woodstock. Diversos artistas realizaram performances históricas, como Jimi Hendrix; The Who; Janis Joplin; Jefferson Airplane; Joe Cocker; Santana... Enfim, a lista completa (inclusive com repertório) dos artistas que se apresentaram, está disponibilizada no wikipedia, além de muito mais informação (o link que coloquei é o do wikipedia em inglês, aqui está o em português, porém o em inglês é muito mais completo).

Led Zeppelin, The Doors, Bob Dylan, Beatles, Frank Zappa, entre muitos outros grupos e artistas recusaram convite para tocar em Woodstock, e acabaram deixando de fazer parte de um festival histórico. Os organizadores os contataram, porém cada um deles teve sua razão para recusar. Achei curiosa (no mínimo) a razão pela qual os Beatles acabaram não tocando: contatado pelos organizadores, John Lennon disse que não tocaria a não ser que deixassem a Plastic Ono Band, banda de Yoko Ono (também nunca ouvi falar) tocar. Os organizadores, felizmente ou infelizmente, recusaram a "oferta".

Certamente existe um imenso acervo de histórias que nasceram no festival de Woodstock de 1969. Para que quiser conhecer mais, há um aclamado documentário produzido por Michael Wadleigh intitulado Woodstock. O filme, inclusive, faturou o Oscar de "melhor documentário" em 1971.

sábado, 18 de outubro de 2008

Festivais - Monterey Pop


Os grandes festivais de rock, que atualmente são tão comuns, têm sua origem e tomaram a forma como os conhecemos hoje justamente durante a década de sessenta. A adesão dos jovens (nem só deles) à música rock (que começara, de fato, a se firmar) era tão grande que alguém teve a brilhante idéia de juntar, num só evento, os principais e maiores nomes da música a um público ávido que chegava facilmente a centenas de milhares de pessoas. Diversos festivais dessa época ficaram para a história - e não apenas para a história da música. A quebra de conceitos representada por aquela nova concepção de música simbolizava um clamor por mudança gritado pela juventude. Muitos dos festivais eram, além de celebração e diversão, um veemente protesto contra as amarras sociais; simbolizavam libertação, um brado pelo fim das guerras, pelo fim da intolerância, por "paz e amor", expressão que acabou por se tornar um verdadeiro slogan da época .
Dentre os tantos festivais que se proliferavam na década de sessenta quanto mais ela chegava ao seu fim, alguns se despontaram e são comentados e lembrados com nostalgia até os dias de hoje. Este simpático texto de Toninho Buda, aliás, aponta a importância dos festivais de rock, cujo padrão espacial inclusive influenciou o padrão de diversos eventos religiosos ou políticos. Vou falar, neste post e nos próximos, sobre três dos mais influentes e importantes festivais da década de 60: O Monterey Pop Festival; o festival de Woodstock e o Altamont Free Concert.

MONTEREY POP FESTIVAL (1967)

Pôster de divulgação do Monterey Pop Festival


O Monterey Pop Festival aconteceu em 1967, em Monterey, Califórnia, e foi pioneiro em vários aspectos. Foi o primeiro festival de rock a ser, de fato, amplamente divulgado e a atrair um público gigantesco - cerca de 200,000 pessoas no total (o festival durou três dias). Na realidade, há controvérsias quanto a esse número, já que, segundo Lou Adler, um dos realizadores do festival, a capacidade do local era de 10.000 pessoas, porém em determinado momento eles teriam retirado as cercas e aberto para quem estivesse ali, mas enfim... Foi também no Monterey Pop que Jimi Hendrix - indicado por Paul Mccartney, que já tinha se impressionado ao vê-lo tocar na Inglaterra - e The Who tiveram sua primeira grande exposição nos EUA; e foi lá que Janis Joplin, com sua Big Brother and the Holding Company, fez sua primeira apresentação para um grande público. O local em que houve o festival já era conhecido como "point" de festivais de música, pois já havia o "Monterey Jazz Festival" e o "Monterey Folk Festival". Uma das intenções dos realizadores do Monterey Pop foi validar a música rock como arte, como a música jazz e folk já eram valorizadas. Os diversos artistas que se apresentaram no festival, a exceção de Ravi Shankar, o fizeram de graça, com toda a renda sendo revertida para caridade.

O Monterey Pop Festival foi, na verdade, o primeiro grande festival de rock que houve. Foi deste festival, aliás, o palco da lendária apresentação de Jimi Hendrix que, além de o consagrar perante um grande público, ficou famosa por culminar com ele inflamando a sua guitarra num ato que ensadeceu a platéia:







Aqui está a relação completa dos artistas que se apresentaram:


Sexta-feira, 16 de junho:
The Association
The Paupers
Lou Rawls
Beverly
Johnny Rivers
Eric Burdon & The Animals
Simon and Garfunkel

Sábado, 17 de junho
Canned Heat
Big Brother and the Holding Company Country Joe and the Fish
Al Kooper
The Electric Flag
Quicksilver Messenger Service
Steve Miller Band
The Electric Flag
Moby Grape
Hugh Masekela
The Byrds
Laura Nyro
Jefferson Airplane
Booker T. & the MG's
Otis Redding


Domingo, 18 de junho

Ravi Shankar
The Blues Project
Big Brother and the Holding Company
The Group With No Name
Buffalo Springfield
The Who
The Jimi Hendrix Experience
Grateful Dead
Scott McKenzie
The Mamas & The Papas


Algumas curiosidades, retiradas deste site:



  • Ravi Shankar, antes de sua apresentação estava nervoso, pois o público não havia sido muito amável com artistas que não cantavam rock (Laura Nyro deixou o palco em lágrimas, um dia antes). Porém, Shankar, com sua cítara, manteve o público cativo durante mais de três horas, acompanhando sua apresentação numa reverência quase mística. Suas ragas indianas, adequadas àquele momento mágico, deixaram a platéia hipnotizada.

  • O Big Brother (banda de Janis) atrapalhou-se um pouco com toda a tecnologia de palco, até então desconhecida por eles, porém, Janis, cantando o clássico "Ball and Chain", batia os pés, gritava, gemia, sacudia o corpo e incendiava o ar.


  • Jimi Hendrix foi chamado para tocar em Monterey por indicação de Paul McCartney, que tinha lhe visto tocando e ficara impressionado.


  • Peter Townsend (The Who) e Jimi Hendrix discutiram nos bastidores. A briga era pra saber quem iria tocar primeiro. Decidiram jogando uma moeda e o Who ganhou a vez. A apresentação do The Who foi uma explosão de som e fúria. Townsend destruindo sua guitarra, os amplificadores, o palco, deixando a platéia em delírio.


  • Jimi Hendrix subiu ao palco logo depois do The Who, superando o grupo em impacto e violência. Hendrix toca sua guitarra nas costas e com os dentes. No final, joga-a no chão, ajoelha-se e a encharca com fluido de isqueiro. Um fósforo e a chama se ergue, consumindo a guitarra, que ainda urra e geme suas últimas notas, a todo volume, através dos amplificadores, até se transformar em cinzas.



  • Em Monterey, foi a última apresentação do The Byrds com David Crosby, que logo depois deixou o grupo.

Para quem quiser se aprofundar mais, há um excelente documentário, dirigido por D. A. Pennebaker. Boa também esta entrevista feita com Lou Adler (um dos criadores do festival) no ano passado, quando o Monterey Pop comemorou quarento anos.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Santana Pastor

Santana declarou que quer abandonar a música para ser pastor. Agora com 61 anos, o lendário guitarrista afirmou que, em alguns anos, pretende se dedicar integralmente a atividades religiosas. "Vou parar de tocar quando fizer 67 anos e trabalhar com algo que realmente gosto, que é ser um pastor, igual ao Little Richard", afirmou o músico, famoso também por seus esoterismos e misticismos.
Santana nasceu no México, mas foi morar nos EUA aos 13 anos. Se apaixonou desde cedo por blues e rock - e por guitarra, instrumento pelo qual se firmou - e foi um dos pioneiros a misturar o blues e o rock com ritmos latinos. Carlos Santana e sua banda, que leva seu próprio nome, foram provavelmente a maior revelação do lendário festival de Woodstock, em 1969. Antes, Santana era conhecido apenas aqui ou ali, e principalmente nos arredores de São Francisco, mas Bill Graham, então agente do grupo, convenceu os organizadores do festival a deixá-los tocar antes mesmo de terem lançado seu primeiro disco; eles foram uma das "surpresas" do festival.
Santana admitiu, nesta entrevista, que estava sob efeito de LSD quando tocou. "O braço da guitarra parecia uma serpente elétrica, que não queria ficar parada. Por isso eu estou fazendo todas essas caras feias, tentando fazer a serpente ficar parada, para eu poder tocá-la (...) Eu me lembro que fiquei repetindo pra mim mesmo: 'Deus, eu nunca vou fazer isso de novo, se você ao menos puder me manter no tempo e no tom, é tudo que eu peço'. Esse foi meu primeiro mantra: 'Deus, por favor, eu prometo que nunca vou fazer isso de novo. Nunca vou tomar isso de novo.' (...) Foi assutador. Eu achei que só entraria no palco tipo umas duas horas depois, que já estaria legal. (...) Eu não recomendaria para ninguém subir no palco chapado de LSD e tentar tocar... mas, pela graça de Deus, a performance que conseguimos com Soul Sacrifice foi muito elétrica"
Bom... o resto é história; Santana alvoroçou o estuporado público de Woodstock com sua Soul Sacrifice:


sábado, 4 de outubro de 2008

Lembrança


4 de Outubro: Aniversário de morte de Janis Joplin.
A mais notória intérprete da década de 60, transformada num verdadeiro mito, numa lenda, certamente dispensa maiores apresentações.
Este post, na verdade, é uma modesta tentativa de homenagem (ou ao menos de lembrete) à diva cuja morte com certeza entristeceu muita gente nesta mesma data em 1970. Apesar de tão prematura morte (ela tinha apenas 27 anos), Janis ainda vive, e vive muito. Incrível como ainda hoje ela compartilha essa vida com seus incalculáveis fãs nostálgicos, que surpreendemente pertencem a todas as idades e gerações. Certas coisas não se perdem mesmo.
Enfim...
Um vídeo de uma performance que, analisando parcialmente, é fenomenal:



quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band

O álbum "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band," lançado pelos Beatles em 1967, já está acostumado a ocupar o primeiro lugar (ou, no mínimo, os três primeiros) das "listas" que as mídias voltadas para os consumidores do rock, ou do cinema, por exemplo, fazem com tanta frequência. São aquelas listas do tipo: "Os melhores álbums de rock da história"; um tipo de classificação em que a diferença entre o 33° e o 34° colocados costuma ser tão evidente quanto a própria consistência da lista.
A década de sessenta assitiu a tantos artistas se destacarem, que seria impossível classificar imparcialmente qualquer um deles como sendo o "melhor". Porém, talvez não haja dúvidas de que os Beatles foram o mais influente grupo musical, não só dos anos sessenta, mas de todo o século vinte. E a questão sobre o álbum Sgt. Pepper's é muito parecida. O que importa não é se o álbum é o "melhor" que os Beatles já lançaram, ou o "melhor" da história do Rock, o que importa é que Sgt. Pepper's é um disco que revolucionou o contexto e cenário musical da época; expandiu definitivamente as fronteiras da música.
O álbum foi gravado em 129 dias e inovou em vários aspectos; nas técnicas de gravação, na formulação da capa, na sonoridade... E prinicipalmente no conceito, até então inédito no rock, de um álbum não ser formado apenas por canções independentes umas das outras. Não havia intervalo entre as canções, o álbum foi feito para ser, ele inteiro, uma obra só. E a repercussão do lançamento do disco no cenário musical da época foi imediata. Vários artistas buscaram fazer o "seu próprio Sgt. Pepper's" depois do Sgt. Pepper's dos Beatles, como aponta um texto de Luís Pinheiro de Almeida:
"Poucas horas depois de o álbum (Sgt. Pepper's) ter sido publicado, Jimi Hendrix tocou uns acordes da canção-título num concerto, o que deixou Paul McCartney extremamente emocionado. Frank Zappa, outro monstro sagrado da música, editou em 1968 'We're Only In It For The Money' com uma capa imitando a de 'Sgt Pepper' e os Rolling Stones tentaram, ainda em 1967, fazer o 'seu Sgt. Pepper' com 'Their Satanic Majesties Request'. (...) Outros músicos tiveram o 'seu Sgt. Pepper', como os Zombies, 'Odessey & Oracle' (1968), Creedence Clearwater Revival, 'Willy & The Poor Boys' (1969), Prince, 'Around The World In A Day' (1985), Tears For Fears, 'Sowing the Seeds of Love' (1989), Smashinh Pumpkins, 'Mellon Collie & The Infinite Sadness' (1995, Radiohead, 'OK Computer' (1997), Oasis, 'Be Here Now' (1997), Flaming Lips,'The Soft Bulletin' (1999)". (Trecho retirado de texto publicado no site http://thebeatles.com.br/)

No ano passado, Sgt. Pepper's fez aniversário de quarenta anos. Confiram (é muita pretensão esse "confiram"?) a reportagem feita pelo Jornal da Globo na época:







O que inspirou o título deste blog , aliás, foi justamente uma das músicas mais psicodélicas do Sgt. Pepper's , "Lucy In the Sky With Diamonds" (Lucy no céu com Diamantes). Na época, a óbvia alusão das iniciais LSD causou polêmica, já que John Lennon, autor da canção, negou a referância à droga ilícita e alegou que a inspiração veio de um desenho de seu filho Julian. No desenho, uma amiga de Julian chamada Lucy passeava por um céu cheio de diamantes.




Vídeo raro (se bem que, se está no youtube, não é mais tão raro assim) de um promo original lançado pela Apple na época do lançamento do disco. Feito em Stop-motion, faz uma espécie de viagem pela capa de Sgt. Pepper's.




"Lucy In The Sky With Diamonds" em trecho do filme "Yellow Submarine".

Infelizmente, os Beatles nunca chegaram a tocar o álbum em alguma apresentação ao vivo, mas a influência de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band na música Ocidental do século XX é, realmente, incalculável.
Diversas paródias (ou homenagens) foram feitas da capa, que se tornou uma das mais famosas capas de disco da história da música:


Em 1996, o episódio número 158 dos Simpsons homenageava o Sgt. Pepper's




Capa de "We're Only In It For The Money", álbum de Frank Zappa de 1968


Zé Ramalho também garantiu sua homenagem, na capa do álbum "Nação Nordestina"

Versão "bloggers brasileiros " da capa