
Santana nasceu no México, mas foi morar nos EUA aos 13 anos. Se apaixonou desde cedo por blues e rock - e por guitarra, instrumento pelo qual se firmou - e foi um dos pioneiros a misturar o blues e o rock com ritmos latinos. Carlos Santana e sua banda, que leva seu próprio nome, foram provavelmente a maior revelação do lendário festival de Woodstock, em 1969. Antes, Santana era conhecido apenas aqui ou ali, e principalmente nos arredores de São Francisco, mas Bill Graham, então agente do grupo, convenceu os organizadores do festival a deixá-los tocar antes mesmo de terem lançado seu primeiro disco; eles foram uma das "surpresas" do festival.
Santana admitiu, nesta entrevista, que estava sob efeito de LSD quando tocou. "O braço da guitarra parecia uma serpente elétrica, que não queria ficar parada. Por isso eu estou fazendo todas essas caras feias, tentando fazer a serpente ficar parada, para eu poder tocá-la (...) Eu me lembro que fiquei repetindo pra mim mesmo: 'Deus, eu nunca vou fazer isso de novo, se você ao menos puder me manter no tempo e no tom, é tudo que eu peço'. Esse foi meu primeiro mantra: 'Deus, por favor, eu prometo que nunca vou fazer isso de novo. Nunca vou tomar isso de novo.' (...) Foi assutador. Eu achei que só entraria no palco tipo umas duas horas depois, que já estaria legal. (...) Eu não recomendaria para ninguém subir no palco chapado de LSD e tentar tocar... mas, pela graça de Deus, a performance que conseguimos com Soul Sacrifice foi muito elétrica"
Bom... o resto é história; Santana alvoroçou o estuporado público de Woodstock com sua Soul Sacrifice:
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