sábado, 6 de dezembro de 2008
Bandas Cover
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Bandas Cover
Bandas Cover
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Paul Mcartney no Brasil em Breve?
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Shine a Light
domingo, 30 de novembro de 2008
Martin Scorcese, Rolling Stones e Bob Dylan
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Dica - O Circo dos Rolling Stones
The Dirty Mac toca Yer Blues, de John Lennon. Poupei os inocentes frequentadores deste blog da continuação com Yoko Ono, porém, para os curiosos mórbidos, não é difícil encontrar no Youtube.
Em 2004, foi lançada uma versão em DVD remasterizada, que possui alguns bons extras. É interessante notar também, nas gravações, que introduções das músicas apresentadas por Mick Jagger ou John Lennon - ou os dois - sugerem uma amizade entre os dois astros. Isso ajuda a desmistificar uma idéia que existe de que havia uma rivalidade, uma animosidade entre os Beatles e os Rolling Stones. Abaixo a lista completa de apresentações musicais do DVD oficial, que são, na verdade, intercaladas na edição por números circenses, e de introdução aos artistas por membros dos Rolling Stones - a não ser a introdução dos próprios Rolling Stones, feita por John Lennon:
- Song For Jeffrey - Jethro Tull
- A Quick one While He's Away - The Who
- Ain't That a Lot Of Love - Taj Mahal
- Something Better - Marianne Faithfull
- Yer Blues - The Dirty Mac
- Wholle Lotta Yoko - Yoko Ono e Ivry Gitlis com The Dirty Mac
- Jumping Jack Flash - The Rolling Stones
- Parachute Woman - The Rolling Stones
- No Expectations - The Rolling Stones
- You Can't Always Get What You Want - The Rolling Stones
- Sympathy For The Devil - The Rolling Stones
- Salt Of The Earth - The Rolling Stones
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Led Zeppelin em turnê em 2009?
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Altamont Free Concert (Parte 2)
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Altamont Free Concert (Parte 1)
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
Vídeos
Jimi Hendrix - Izabella
Quando se fala em Woodstock, e imagem de Jimi Hendrix me vem quase automaticamente à cabeça. A banda de apoio que o tornou célebre, The Jimi Hendrix Experience, havia se desintegrado poucos meses antes da apresentação em Woodstock, e Jimi teve que corrigir quem o apresentou com o nome antigo e anunciar sua nova banda: Gypsy Sun And Rainbows. Essa música, Izabella, já era uma amostra do tipo de som mais funkeado que ele viria a produzir daí para frente.
Apesar do sucesso geral, Woodstock enfrentou alguns sérios problemas que causaram muitos atrasos; o tempo oscilava mas estava ruim, e houve muita dificuldade logística mesmo. O atraso de Jimi Hendrix foi fenomenal: só começou a tocar na manhã da Segunda Feira (o festival começara na Sexta à tarde). A essa altura, o público, que havia chegado a quase meio milhão, era no máximo de 180,000* pessoas - e boa parte dessas tinha ficado apenas no intuito de ver Hendrix antes de ir embora.
Jefferson Airplane - White Rabbit
A Jefferson Airplane foi uma das bandas pioneiras do que viria a ser chamado de Rock Psicodélico. Não são muito conhecidos atualmente, mas na época eram bem famosos. Performance sensasional de White Rabbit.
Janis Joplin - Ball and Chain
Disse o Wikipedia que Woodstock não foi uma experiência muito agradável para a superstar Janis Joplin. Depois de esperar cerca de dez horas para tocar, ela tinha injetado heroína e bebido demais; quando finalmente subiu no palco, estava "mais pra lá do que pra cá" (lembrei do outro post sobre Santana). Enfim, de qualquer jeito, o desempenho dela não demonstrou se abalar muito, ao menos nessa versão de Ball and Chain ela está impecável. Pena que no Youtube não há muitos vídeos dela em Woodstock.
The Who - Pinball Wizard
O The Who, que fazia tremendo sucesso na época, começou a tocar às 4 da manhã e disparou um repertório de 25 canções. A grande maioria dessas canções fazia parte do lendário album conceitual Tommy, primeiro a receber o rótulo de "ópera-rock". Muito bom.
Joe Cocker - With A Little Help From My Friends (Beatles Cover)
Sempre citada entre as melhores performances de Woodstock, essa versão de Joe Cocker da canção With A Little Help From My Friends, dos Beatles, é realmente extraordinária. Pena que o próprio Joe Cocker não estava lá para apreciar.
*Há controvérsias sobre esse número. Na página do Wikipedia em inglês, aparece 180,000; porém na página em português aparece 35,000. Acho 35,000 pouco demais (as imagens do show de Jimi Hendrix mostram um mar de gente gigantesco), porém mais crível do que 180,000, que também me parece demais para uma segunda de manhã depois de três dias de festival. Enfim... deve ser algo aí pelo meio, mas escrevi os 180,000 lá em cima porque o artigo em inglês é mais completo, portanto, teoricamente ao menos, mais confiável.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
Festival de Woodstock (1969)
Continuando o posto anterior, vou falar um pouco sobre o festival de Woodstock. Há uma imensa aura mítica em torno do festival de Woodstock de 1969 que o transformou numa lenda. É, dentre todos os festivais de música que houve talvez em toda a história, o mais lembrado; o mais revisto; o mais comentado; o mais citado; o mais analisado; o mais importante; o mais influente... Enfim, Woodstock é "o mais" muitas e muitas vezes. Mas porque?
Público de quase meio milhão de pessoas compareceu a Woodstock.
Havia um senso de harmonia entre toda aquela gente ali, junta. As idéias de celebração, de diversão, de liberdade eram acopladas ao clamor por paz, por fim das guerras e do racismo. Os EUA, na época, eram envolvidos em conflitos militares no exterior; e, no interior, enfrentavam sérias desavenças raciais, portanto o festival de Woodstock foi, também, um movimento social. Impressionante como, num evento onde tantas pessoas se reuniram sem nenhuma ordem aparente, sem aparato de segurança suficente para tanta gente, houve pouquíssimos incidentes graves ou violência. Imaginem quantas possibilidades de desastres havia num quadro como esse, porém há registro de duas mortes - uma por overdose de heroína e outra por um saco de dormir ocupado que foi acidentalmente pisoteado. Apesar desses tristes episódios, a verdade é que a paz, de fato, reinou. Esse clamor por paz não foi apenas falação, não foi apenas propaganda, não foi da boca para fora; a paz aconteceu ali. Tantas pessoas, ali reunidas, não estavam apenas de brincadeira, elas queriam levantar sua bandeira, e que ela fosse vista.
Tudo isso sem ao menos falar da qualidade musical das apresentações que banharam Woodstock. Diversos artistas realizaram performances históricas, como Jimi Hendrix; The Who; Janis Joplin; Jefferson Airplane; Joe Cocker; Santana... Enfim, a lista completa (inclusive com repertório) dos artistas que se apresentaram, está disponibilizada no wikipedia, além de muito mais informação (o link que coloquei é o do wikipedia em inglês, aqui está o em português, porém o em inglês é muito mais completo).
Led Zeppelin, The Doors, Bob Dylan, Beatles, Frank Zappa, entre muitos outros grupos e artistas recusaram convite para tocar em Woodstock, e acabaram deixando de fazer parte de um festival histórico. Os organizadores os contataram, porém cada um deles teve sua razão para recusar. Achei curiosa (no mínimo) a razão pela qual os Beatles acabaram não tocando: contatado pelos organizadores, John Lennon disse que não tocaria a não ser que deixassem a Plastic Ono Band, banda de Yoko Ono (também nunca ouvi falar) tocar. Os organizadores, felizmente ou infelizmente, recusaram a "oferta".
Certamente existe um imenso acervo de histórias que nasceram no festival de Woodstock de 1969. Para que quiser conhecer mais, há um aclamado documentário produzido por Michael Wadleigh intitulado Woodstock. O filme, inclusive, faturou o Oscar de "melhor documentário" em 1971.
sábado, 18 de outubro de 2008
Festivais - Monterey Pop
Dentre os tantos festivais que se proliferavam na década de sessenta quanto mais ela chegava ao seu fim, alguns se despontaram e são comentados e lembrados com nostalgia até os dias de hoje. Este simpático texto de Toninho Buda, aliás, aponta a importância dos festivais de rock, cujo padrão espacial inclusive influenciou o padrão de diversos eventos religiosos ou políticos. Vou falar, neste post e nos próximos, sobre três dos mais influentes e importantes festivais da década de 60: O Monterey Pop Festival; o festival de Woodstock e o Altamont Free Concert.
O Monterey Pop Festival aconteceu em 1967, em Monterey, Califórnia, e foi pioneiro em vários aspectos. Foi o primeiro festival de rock a ser, de fato, amplamente divulgado e a atrair um público gigantesco - cerca de 200,000 pessoas no total (o festival durou três dias). Na realidade, há controvérsias quanto a esse número, já que, segundo Lou Adler, um dos realizadores do festival, a capacidade do local era de 10.000 pessoas, porém em determinado momento eles teriam retirado as cercas e aberto para quem estivesse ali, mas enfim... Foi também no Monterey Pop que Jimi Hendrix - indicado por Paul Mccartney, que já tinha se impressionado ao vê-lo tocar na Inglaterra - e The Who tiveram sua primeira grande exposição nos EUA; e foi lá que Janis Joplin, com sua Big Brother and the Holding Company, fez sua primeira apresentação para um grande público. O local em que houve o festival já era conhecido como "point" de festivais de música, pois já havia o "Monterey Jazz Festival" e o "Monterey Folk Festival". Uma das intenções dos realizadores do Monterey Pop foi validar a música rock como arte, como a música jazz e folk já eram valorizadas. Os diversos artistas que se apresentaram no festival, a exceção de Ravi Shankar, o fizeram de graça, com toda a renda sendo revertida para caridade.
O Monterey Pop Festival foi, na verdade, o primeiro grande festival de rock que houve. Foi deste festival, aliás, o palco da lendária apresentação de Jimi Hendrix que, além de o consagrar perante um grande público, ficou famosa por culminar com ele inflamando a sua guitarra num ato que ensadeceu a platéia:
Aqui está a relação completa dos artistas que se apresentaram:
Sexta-feira, 16 de junho:
The Association
The Paupers
Lou Rawls
Beverly
Johnny Rivers
Eric Burdon & The Animals
Simon and Garfunkel
Sábado, 17 de junho
Canned Heat
Big Brother and the Holding Company Country Joe and the Fish
Al Kooper
The Electric Flag
Quicksilver Messenger Service
Steve Miller Band
The Electric Flag
Moby Grape
Hugh Masekela
The Byrds
Laura Nyro
Jefferson Airplane
Booker T. & the MG's
Otis Redding
Domingo, 18 de junho
Ravi Shankar
The Blues Project
Big Brother and the Holding Company
The Group With No Name
Buffalo Springfield
The Who
The Jimi Hendrix Experience
Grateful Dead
Scott McKenzie
The Mamas & The Papas
Algumas curiosidades, retiradas deste site:
- Ravi Shankar, antes de sua apresentação estava nervoso, pois o público não havia sido muito amável com artistas que não cantavam rock (Laura Nyro deixou o palco em lágrimas, um dia antes). Porém, Shankar, com sua cítara, manteve o público cativo durante mais de três horas, acompanhando sua apresentação numa reverência quase mística. Suas ragas indianas, adequadas àquele momento mágico, deixaram a platéia hipnotizada.
- O Big Brother (banda de Janis) atrapalhou-se um pouco com toda a tecnologia de palco, até então desconhecida por eles, porém, Janis, cantando o clássico "Ball and Chain", batia os pés, gritava, gemia, sacudia o corpo e incendiava o ar.
- Jimi Hendrix foi chamado para tocar em Monterey por indicação de Paul McCartney, que tinha lhe visto tocando e ficara impressionado.
- Peter Townsend (The Who) e Jimi Hendrix discutiram nos bastidores. A briga era pra saber quem iria tocar primeiro. Decidiram jogando uma moeda e o Who ganhou a vez. A apresentação do The Who foi uma explosão de som e fúria. Townsend destruindo sua guitarra, os amplificadores, o palco, deixando a platéia em delírio.
- Jimi Hendrix subiu ao palco logo depois do The Who, superando o grupo em impacto e violência. Hendrix toca sua guitarra nas costas e com os dentes. No final, joga-a no chão, ajoelha-se e a encharca com fluido de isqueiro. Um fósforo e a chama se ergue, consumindo a guitarra, que ainda urra e geme suas últimas notas, a todo volume, através dos amplificadores, até se transformar em cinzas.
- Em Monterey, foi a última apresentação do The Byrds com David Crosby, que logo depois deixou o grupo.
Para quem quiser se aprofundar mais, há um excelente documentário, dirigido por D. A. Pennebaker. Boa também esta entrevista feita com Lou Adler (um dos criadores do festival) no ano passado, quando o Monterey Pop comemorou quarento anos.
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Santana Pastor
sábado, 4 de outubro de 2008
Lembrança
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
O que inspirou o título deste blog , aliás, foi justamente uma das músicas mais psicodélicas do Sgt. Pepper's , "Lucy In the Sky With Diamonds" (Lucy no céu com Diamantes). Na época, a óbvia alusão das iniciais LSD causou polêmica, já que John Lennon, autor da canção, negou a referância à droga ilícita e alegou que a inspiração veio de um desenho de seu filho Julian. No desenho, uma amiga de Julian chamada Lucy passeava por um céu cheio de diamantes.
Infelizmente, os Beatles nunca chegaram a tocar o álbum em alguma apresentação ao vivo, mas a influência de Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band na música Ocidental do século XX é, realmente, incalculável.
Em 1996, o episódio número 158 dos Simpsons homenageava o Sgt. Pepper's
Capa de "We're Only In It For The Money", álbum de Frank Zappa de 1968
Versão "bloggers brasileiros " da capa
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
A Revolução Conceitual (Apresentação do Blog)
A década de 1960 sempre foi vítima de saudáveis nostalgias por grande parte da juventude dos tempos que a sucederam. E, geralmente, os que exprimem essa nostalgia são justamente os que nutrem uma paixão, que às vezes chega a ser quase um culto, por um gênero que sofreu suas maiores e mais importantes transformações exatamente nos chamados "anos dourados": o Rock. A música Rock, surgida nos EUA na década de 1950, rapidamente se disseminou pelo ocidente inteiro - e não muito depois, para todos os cantos do mundo. Motivos econômicos, ja que os EUA já eram o país mais rico do mundo à época, e ainda de imposição cultural podem ser alegados para justificar, e criticar, essa disseminação do Rock pelo mundo; mas a verdade é que nada disso importa tanto, não diminui o valor artístico de nada. Nesse aspecto, foi até bom, já que todos pudemos ter acesso a um estilo de música tão revolucionário. Um dos méritos do rock norte-americano, aliás, é justamente o de criticar o modo como os EUA utilizam sua soberania econômica apenas em prol de si mesmo.
A década de 1960 foi palco de algumas das mais efetivas tentativas de ruptura com as antiquadas convenções sociais (e acabou por criar outras, mas essa é outra história) que houve no século XX no ocidente. E a revolução que ocorreu na música nesse período estava intrinsecamente ligada, talvez como nunca antes, às revoluções comportamentais de toda uma geração. É nessa época que o rock incorpora, com força total, as idéias de liberdade, de transgressão, de contestação das injustiças sociais, de combate ao racismo e às guerras, do clamor pela paz e da adoção de práticas (como consumo de drogas ou o chamado "amor livre") que não eram tidas como "aceitáveis" pela sociedade. É nesse contexto, também, que surgem os grandes festivais e o movimento hippie, por exemplo. O rock, na verdade, desde sua concepção já quebrou barreiras até então não quebradas, já que se origina basicamente, nos EUA, da mistura entre influências de música negra - o rythm 'n blues e o jazz - e o country, música tocada pelos camponeses brancos. Vale lembrar que a segregação racial nos EUA nessa época era tamanha que misturas assim eram praticamente inconcebíveis.
A ativa participação da música e cultura rock nas revoluções comportamentais se acoplou à uma transformação conceitual do rock como música. Se antes o rock era representado por canções estruturalmente simples, num ritmo sempre dançante, ligado a festas e celebrações e com letras não muito ambiciosas, tudo isto é completamente desconstruído ao longo da década de 60. Experimentação musical, busca por sonoridades inusitadas e letras artisticamente mais elaboradas tomam conta da cena do rock. Ao fim da década de 1960, o patamar de diversidade e complexidade musical em que o rock está, se comparado com o final da década anterior, é gritante. Depois daquilo, nada mais podia ser novidade; ou, pelo menos,nada podia ser tão novidade assim.
Este blog vai tentar se infiltrar pelas trincheiras desse fabuloso mundo que é o da música dos anos sessenta, que tanto influencia os tempos modernos. É um mundo repleto de lendas, mitos, grandes personalidades e fantásticas histórias, mas, acima de tudo, música, muita música. O foco vai ser mesmo o rock, porém outros estilos da época certamente terão espaço, especialmente a música brasileira; com algum destaque para o tropicalismo e, é claro, o rock brasileiro, cuja "cara" começava a se formar justamente nessa época.